terça-feira, 20 de outubro de 2015

O CRÂNEO

Tudo ali era triste
lembro das aves caladas
até mesmo as garrancheiras
barulhentas que eu seguia
pararam de cantar.

Os angicos, grossos, brancos
de galhos tortos e longos
cercavam todo o complexo
sinistro e assustador.

Entrei assim inocente
no reino do outro mundo
onde a morte abafou
até o som das cigarras.

Sai de lá homem feito
por que eu tinha certeza
ninguém tropeça num crâneo
e continua o mesmo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário